A vereadora Susana Gravato, de 48 anos, foi morta a tiro pelo próprio filho numa tragédia que abalou o país e, em particular, o concelho onde exercia funções. Nos dias que antecederam o crime, a autarca tinha partilhado com amigos e colegas de trabalho a intenção de mudar de vida, ponderando deixar a política para retomar a sua carreira de advogada, profissão que exercia antes de enveredar pela vida pública.
De acordo com informações apuradas por fontes próximas da família, Susana Gravato vivia um período de grande reflexão pessoal e profissional. A vereadora, descrita como uma mulher dedicada e exigente, sentia que o ambiente político estava a tornar-se cada vez mais desgastante. “Ela dizia que precisava de paz e que queria voltar à advocacia, onde se sentia realmente realizada”, contou uma amiga à imprensa.
O crime ocorreu de forma súbita e chocante, num contexto de alegado surto emocional do filho, que veio a ser detido pelas autoridades poucas horas depois. A tragédia deixou a comunidade em estado de choque, com várias mensagens de pesar a multiplicarem-se nas redes sociais e nas páginas oficiais do município. “Perdemos uma mulher íntegra, apaixonada pelo serviço público e pela justiça”, lamentou o presidente da câmara.
Susana Gravato era conhecida pelo seu trabalho em causas sociais e na defesa da igualdade de oportunidades, sendo uma figura respeitada tanto entre colegas como entre adversários políticos. Nos últimos meses, tinha reduzido a sua presença em eventos públicos, um sinal que agora é interpretado como o início do seu afastamento gradual da política.
O caso continua a ser investigado pelas autoridades, que procuram compreender as circunstâncias e motivações que levaram o filho a cometer o crime. Enquanto isso, amigos e colegas recordam Susana Gravato como uma mulher de princípios, mãe dedicada e profissional exemplar, cuja vida foi interrompida no momento em que se preparava para recomeçar de novo.
