Blog

Justiça impede cremação de Susana Gravato: Corpo mantido para novas perícias

Centenas de pessoas reuniram-se este sábado na Igreja Matriz da Gafanha da Boa Hora para prestar a última homenagem a Susana Gravato, a vereadora assassinada alegadamente pelo filho de 14 anos

O funeral de Susana Gravato, vereadora e advogada de Vagos, decorreu na manhã deste sábado, numa cerimónia marcada por profunda dor e consternação.

A missa de corpo presente teve lugar na Igreja Matriz da Gafanha da Boa Hora, em Ílhavo, e contou com a presença de uma multidão comovida, que quis prestar a última homenagem à autarca brutalmente assassinada no início da semana.

As cerimónias religiosas foram presididas pelo padre Fernando Lacerda Ferros, pároco da Gafanha da Boa Hora, Calvão e Santo André de Vagos, e também arcipreste do concelho.

O corpo de Susana Gravato esteve em câmara ardente desde o início da manhã, tendo o funeral começado por volta das 11h00, com dezenas de pessoas a permanecerem fora da igreja devido à grande afluência. O ambiente foi de silêncio, emoção e incredulidade, refletindo o choque da comunidade perante a tragédia.

Ao contrário do que era vontade dos familiares mais próximos, o corpo da vereadora não foi cremado, uma vez que o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro não concedeu autorização para tal. As autoridades justificaram a decisão com a necessidade de preservar o corpo para possíveis novas perícias médico-legais, no âmbito das investigações conduzidas pela Polícia Judiciária de Aveiro.

Recorde-se que Susana Gravato foi assassinada na passada terça-feira, na sua moradia da Rua do Parque de Campismo da Vagueira, na Gafanha da Boa Hora.

O filho de 14 anos confessou o homicídio às autoridades, tendo alegadamente utilizado uma arma de fogo pertencente ao pai. O caso chocou o país, não só pela violência do crime, mas também pela idade do autor confesso.

O jovem encontra-se atualmente internado em regime fechado no Centro Educativo de Santo António, no Porto, por decisão da juíza do Tribunal de Família e Menores de Aveiro. Enquanto o processo judicial decorre e as investigações prosseguem, a comunidade de Vagos permanece em luto, tentando compreender um crime que abalou para sempre o sentimento de segurança e tranquilidade local.

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo