Filho de Susana Gravato acolhido em centro fechado após suspeita de homicídio

O Tribunal de Família e Menores de Aveiro determinou o acolhimento em centro educativo, em regime fechado, do jovem de 14 anos suspeito de ter matado a mãe, a vereadora da Câmara Municipal de Vagos, Susana Gravato. A medida cautelar terá a duração inicial de três meses, podendo ser revista ao fim de dois e prorrogada até um máximo de seis meses.
A decisão foi tomada após o primeiro interrogatório do menor, no âmbito do processo tutelar educativo instaurado pela prática de factos consubstanciadores de um crime de homicídio qualificado. Segundo a advogada de defesa, Carla Delgado, o adolescente vai ser ainda submetido a perícias médico-legais.
De acordo com a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro, o crime ocorreu na tarde de terça-feira, 21 de outubro, na Gafanha da Vagueira, concelho de Vagos. A vítima, de 49 anos, foi atingida por um disparo de arma de fogo no interior da sua residência. A arma utilizada, entretanto recuperada, pertence ao pai do menor.
Susana Gravato, natural de Ílhavo e residente em Vagos desde a infância, era licenciada em Direito e militante do PSD desde 1994. No executivo cessante, tinha a seu cargo os pelouros do Ambiente, Justiça, Administração Geral, Coesão Social e Saúde. O município decretou três dias de luto municipal, manifestando “profunda consternação” pela morte da autarca, recordada pela dedicação ao serviço público e pela proximidade à comunidade.